O tratamento de escolha para a hérnia inguinal é cirúrgico e deve ser realizado para todos os pacientes, a não ser que haja contra-indicações.
Há duas maneiras de realizar o tratamento cirúrgico da hérnia inguinal: 1) incisão ou corte e 2) videocirurgia (“laparoscopia”).
A técnica convencional, em que são realizados incisão, com visualização direta da cavidade abdominal, é feita com anestesia peridural (anestesia dos nervos da coluna). A operação é iniciada com um corte de cerca de 10 cm na região inguinal (da virilha).
O tamanho do corte depende de vários fatores. Quando a hérnia ocorrer dos dois lados, é necessário realizar um corte de cada lado.
Após a localização da hérnia, a mesma é empurrada para dentro do abdômen e a abertura da parede abdominal é fechada com pontos.
Em todos os casos, exceto em crianças, uma tela é necessária para reforçar a parede abdominal e reduzir a possibilidade de recidiva da hérnia.
Esta tela é feita de um material conhecido como polipropileno, que tem uma elevada resistência e que tem uma reduzida probabilidade de rejeição do organismo.
De forma geral, o tratamento com videocirurgia é feito com anestesia geral. Inicialmente, é injetado gás (gás carbônico) na cavidade abdominal para poder criar um espaço, onde o cirurgião poderá fazer a operação com segurança.
Após a realização de 3 orifícios de meio a um centímetro na parte de baixo de seu abdômen, uma câmera de televisão pequena é colocada na parede abdominal através de um dos furinhos para que o cirurgião e a sua equipe possam visualizar o local da hérnia em uma televisão.
Com o auxílio de instrumentos especiais (pinças, tesouras, material de sutura), a hérnia é empurrada para dentro do abdômen e o buraco na parede abdominal é fechado com uma tela.
Quando a hérnia for dos dois lados, não é necessário realizar orifícios adicionais para tratar a outra hérnia.